Conrad finalmente é comprada pela IBEP-Companhia Editora Nacional

Érico Assis

A venda da Editora Conrad para o grupo IBEP-Companhia Editora Nacional foi confirmada por um comunicado conjunto das novas parceiras. Ainda este mês a Conrad passa a funcionar junto à sede do grupo comprador, no bairro do Jaguaré, em São Paulo.

A confirmação encerra meses de especulação sobre o destino da Conrad. Em notícias iniciais, ela seria vendida para outro grupo editorial, a Ediouro. A negociação com a IBEP começou a circular como rumor no final de 2008. Nos últimos meses do ano, a Conrad publicou pouquíssimas obras, e leitores temiam que se ela se juntaria à lista de editoras de quadrinhos afetadas pela crise econômica.

A IBEP, por sua vez, tem uma tradição de livros didáticos – aqueles que você provavelmente usou no 1º e no 2º grau. Já a Companhia Editora Nacional, que a IBEP comprou em 1980, é uma empresa fundada pelo escritor Monteiro Lobato há mais de 80 anos, sendo um dos marcos da história editorial brasileira por revolucionar a publicação de literatura internacional e nacional no país.

A Conrad continuará sendo dirigida por um de seus fundadores, Rogério de Campos. O comunicado conjunto com a IBEP garante que a editora preservará “sua identidade editorial, estrutura comercial e regime operacional”.

Em entrevista ao Blog dos Quadrinhos, Campos diz que vai retomar a produção de mangás e outros quadrinhos exatamente do ponto em que pararam. Foram citadas as séries Battle Royale, Monster, Sanctuary e Bambi, que voltarão em breve.

Fonte:  Omelete

2 Respostas

  1. Pois é, a concentração no mercado editorial continua. Mais do que uma tendência, é uma realidade da economia em geral. Qual será a próxima editora a ser comprada e por quem? Façam suas apostas.

  2. Estamos apenas repetindo o modelo das editoras norte-americanas. O problema é que a edição de livros numa grande estrutura é inviável… A busca pelo lucro de cada título acaba restringindo as opções. Sobre esse assunto recomendo muito o livro “O negócio dos livros” do editor Andre Schiffrin, da editora Casa da Palavra, que ainda se mantém “independente”.

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